quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sem título

Ok, vamos resolver isso de uma vez por todas.

Não consigo dormir e isso tem a ver com todas vocês. Isso tem a ver com nós. Eu e vocês. Então, deixa eu pelo menos resolver isso de uma vez por todas, ok? Vocês podem ficar em silêncio se quiserem e se não quiserem, ficarão de qualquer modo.

Bem, primeira não tão primeira. Você não é um mistério ao todo e nem tem muita participação nisso, mas você foi a primeira a ver que eu não era lá tudo isso que você esperava. E nós nem nos beijamos, nem nada. Estávamos ambos carentes, achando que "tudo bem, é isso que temos por enquanto". Pouco sei de você após aqueles 6 meses. Melhor dizendo, nada sei. Mas suspeito. Suspeito que esteja feliz com um bom homem ao teu lado e que seu emprego deve ser assim, um dos melhores do mundo. Não esperava menos. Não doeu tanto a rejeição. O que doeu foi aquela coisa do "vamos ser amigos". Infelizmente, eu faltei nessa aula, então...

Segunda, mas a mais marcante. É. Você. A garota que mais soube de mim e isso veio a ser minha derrota. Muito do que penso sobre as mulheres hoje, vem de você. Não é um bom exemplo, então podemos concluir que minha visão das mulheres não é das melhores. Sabe aquela dor no peito que dá só de respirar e não conseguir engolir um grão de arroz? Aprendi com você também. 3 anos para descobrir que tudo não passava de uma questão de...serventia. Quando não servia mais, o descarte foi inevitável. Eu também faria e já fiz isso! Mas o problema foi o que servia e o que não servia. O amor, a lealdade, a mágica, a confiança. Isso não servia. E o que servia, eu não tinha. O futuro. As garantias de que eu seria o seguro desemprego, o seguro casa, o seguro carro. De que adianta investir em ações desvalorizadas no mercado, certo? Eu não te culpo, mas também não lhe aguento perto de mim. Mas adivinha? Você está com um homem seguro, com um emprego que lhe da boa renda e provavelmente está feliz. Isso possibilitou o "vamos ser amigos"...bom, agora são 3 anos sem contato algum. Salvo alguns terceiros idiotas que insistem em me dar notícias periódicas sobre sua vida que, pode interessar ao meu ego, mas, eu já to quase saindo da adolescência.

A mais recente. A mais distante. E a mais sentida. E de todas, era a que eu apostaria minha vida e trocaria tudo pelo amor dela. Eu ainda não digeri muito bem essa, então, paro por aqui. Mas, vejam que ironia: eu não prestei.

Eu não devo prestar, é isso que me parece. Quanto mais se presta, mais chato parece. Eu devo trair, eu devo pensar em dinheiro, trabalho, filhos, família. Eu devo esquecer os toques, as confiabilidades, as sensações corporais, os frios na espinha. Trocar tudo isso por uma posição de homem perante seus lindos corpos nus e provar que eu sou o seguro que sempre quiseram.

Eu só queria escrever isso, porque não consigo dormir e a culpa me atormenta sem eu saber ao menos onde errei. E é algo que nem vocês sabem a resposta.

O problema é esse: eu tenho a memória muito boa. Para dados e para lembranças boas. Mas também lembro das coisas ruins e das palavras dilaceradoras que faziam bife da minha carne. Esse é o problema. Quero Alzheimer.

(Eu sei que não citei aquelas que eu machuquei, mas esse não foi o intuito. Eu já pedi desculpas para vocês...não pedi?)

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