segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tempestade e Impulso

Ó céu ofuscado pela nuvem negra que se forma. Vi a tal de longe. Nuvem negra com pequenos pontos de luz. Ó chão, que assusta-se com a chegada da tempestade que se anuncia. Ela aproximou-se, ela veio. E eu, com duas mãos e uma preocupação segurei-me onde pude. Tudo em vão. O mundo a minha volta saltou de um hemisfério à outro. E a tempestade levava tudo aquilo que se dizia real.
Ó, perdoe-me chão, mas já não havia mais forças. O impulso foi mais forte e deixei a tempestade levar-me embora pra longe.
Ó tempestade, tenha piedade de mim e me leve para algum lugar seguro. Clame pelos ventos para que amorteçam a minha queda quando ela for inevitável e me abrace para eu não me sentir solo.
Peço para que mãos mais firmes construam uma casa onde foi meu chão. Uma bela casa.
Espero que a tempestade fique, pois a ela entreguei tudo e a ela eu beijei.

Sturm und Drang

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