terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando as Areias Derretem e Congelam

Amigo, cá estamos.

Mas nem estamos muito próximos um do outro, estamos?
Eu sento-me ao teu lado, toco teu rosto e expresso contrações labiais. Entretanto, eu vim lidando com areia concentrada em altas temperaturas depois congelada em baixas temperaturas. Toda aquela areia dos sonhos agora é um molde estático de uma prisão. Os grãos tornam-se uma ilusão transparente. Vejo-te ao outro lado e finjo que não existe barreira. Contrações labiais para ti, pois lhe convém. Houve o tempo do esforço, onde o punho esforçado quis destronar a barreira imposta de seu posto imóvel. Mas líquido da veia já denuncia a inutilidade da luta.

Cá estamos.
Forjamos um riso que nos convém e silenciamos a aorta.

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