quarta-feira, 21 de abril de 2010

Que Bagunça

Entrei no quarto hoje para arrumar coisas da mudança. Que não é assim uma mudança. Já morei um tempo onde vou morar amanhã. Comecei a arrumar as coisas e me deparei com uma desordem tamanha nas minhas coisas.
Sempre fui desordenado. Caótico em algumas análises. Não encontrei nada muito expressivo, mas fiquei atônito com a quantidade de figurinhas repetidas que eu vim guardando o tempo todo. A maioria de papel. Quanta coisa comum que tornou-se incomum. Uma massa disforme talvez pela quantidade de formas semelhantes juntas.

O que eu tiro disso é que estou desesperado, pois a minha desordem, tornou-se a ordem.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando as Areias Derretem e Congelam

Amigo, cá estamos.

Mas nem estamos muito próximos um do outro, estamos?
Eu sento-me ao teu lado, toco teu rosto e expresso contrações labiais. Entretanto, eu vim lidando com areia concentrada em altas temperaturas depois congelada em baixas temperaturas. Toda aquela areia dos sonhos agora é um molde estático de uma prisão. Os grãos tornam-se uma ilusão transparente. Vejo-te ao outro lado e finjo que não existe barreira. Contrações labiais para ti, pois lhe convém. Houve o tempo do esforço, onde o punho esforçado quis destronar a barreira imposta de seu posto imóvel. Mas líquido da veia já denuncia a inutilidade da luta.

Cá estamos.
Forjamos um riso que nos convém e silenciamos a aorta.